Simbolo de Resistência, o criador do Teatro Oficina e seus grandes espetáculos, o dramaturgo e diretor de Teatro que introduziu a platéia ao espetáculo subvertendo a ordem, o combatente contra a ditadura militar preso e exilado e que antes de voltar ao Brasil, vivenciou o terror de um terremoto no México nos deixa um legado importantíssimo de luta contra tudo e todos que teimam em nos aniquilar, como tem sido imposto pelo fascismo, golpismo e militarismo brasileiros.
Anos (43) lutando contra as investidas do neocapitalismo da rede Silvio Santos, conseguiu tranformar parte do Bixiga onde está localizado o Teatro Oficina Uzyna Uzona numa linda e acolhedora praça e é o Teatro considerado patrimônio historico da cidade de São Paulo pelo Conselho de Defesa do Patrimonio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turistico, a Condephaat.
No dia de seu casamento com Fernando Drumond, em uma celebração no próprio Teatro, o casal ganhou de Fernanda Montenegro e Fernanda Torres, uma muda de Ipê que Zé Celso gostaria de plantar nos arredores do Teatro, mas uma decisão judicial impetrada pelo grupo Silvio Santos e proferida por uma juiza, proibiu que se plante árvore no local.
Essa decisão judicial faz parte do Brasil Bizarro. É de uma incoerência tão grande que nós simples mortais, ficamos com a impressão de que as pessoas não se dão ao trabalho de LER o que assinam ou então, que o ódio é tão grande que os faz perder a capacidade de interpretação e interação com a vida cultural do país.
A luta de Zé Celso não cessa com sua partida. A sociedade cultural paulistana com certeza será chamada a preservar o seu patrimônio cultural e assim evitar que o Teatro Oficina se transforme em mais uma igreja, desta vez, a igreja neocapitalista do grupo Silvio Santos.
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