A crueldade ampla e irrestrita de EUA, Reino Unido e Israel não obedece limites. O que produzem transformando o povo palestino e o mundo árabe pode ser comparado ao que o tráfico humano pelo Atlântico produziu em África, resultando até hoje, século XXI, em guerras e conflitos internos ou no sofrimento do povo haitiano, com suas quase 200 mil crianças violentadas e abandonadas.
O tráfico de pessoas raptadas do Continente Africano foi um dos maiores crimes contra a humanidade perpetrado por europeus e brasileiros de ascendência portuguesa. Em porões de navios conhecidos como negreiros, homens, mulheres, crianças, foram transportados como mercadoria valiosa para enriquecer senhores escravagistas e países que se exploravam mutuamente.
Essa travessia transformou o Atlântico num dos maiores cemitérios criados pelo homem, além de fonte de alimento para tubarões que seguiam a rota daqueles navios. Uma fase tenebrosa de nossa existência e agora Israel e EUA nos mostram que a degradação humana, continua tão viva quanto presente nesse terceiro milênio. Em busca de segurança, judeus e árabes abandonaram Portugal e Espanha por sofrerem perseguições impostas pela Inquisição e escolhiam o novo mundo como pátria.
Diferente do tratamento dado aos negros escravizados, os cristãos novos chegaram em massa ao Brasil, e se transformaram em caixeiros viajantes e senhores de escravos proprietários de terras brasileiras, principalmente no nordeste do país, como aconteceu no estado da Bahia.
Bahia de Todos os Santos que liderou os primeiros e importantes movimentos de resistência contra a escravização. Hoje, agora século XXI, debaixo de notícias arrasadoras sobre o genocídio produzido por Israel e EUA, o Brasil, através do presidente Lula, convidado de honra ao Conselho de Representantes da Liga dos Estados Árabes no Cairo, condena o ataque israelense contra o povo palestino e contra as guerras que dominam o planeta trazendo insegurança e incertezas na transição para um mundo humanizado e próspero.
Uma fala importante que abraça a possibilidade real de um novo mundo multipolar com a união de países e continentes explorados e feridos por guerras impostas por forças estadunidenses e agora contando com a participação fiel de seu cão Israel, cuja pretensão é dominar o Médio Oriente para depois tomarem posse do planeta como se estivessem no quintal de suas casas.
O crime que está sendo cometido por Israel e o governo estadunidense em Gaza é tão horrendo quanto aquele cometido por escravagistas no Atlântico, por nazistas na Alemanha e na continuidade que os estadunidenses conseguiram cometer contra o Japão, jogando-lhes a bomba nuclear, seguido pelo genocídio contra os vietnamitas e assim caminham até o momento.
Em seu discurso, Lula pede um olhar mais profundo para a atuação das Organizações das Nações Unidas que não conseguem dar passos diferentes daqueles que estadunidenses desejam. E isso quer dizer que está na hora das Nações Unidas colocarem um fim à ditadura dos EUA e se comportarem com a respeitabilidade a altura de sua nominata.
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