Brasil chegou num ponto de barbárie que parece não ter volta.
Brasileiros em outros países, não respeitam seus compatriotas sejam eles políticos, artistas, estudantes, professores, Ministros ou simples cidadãos. Desde que sejam brasileiros, merecem ser agredidos.
Dentro do território brasileiro estão sendo abatidos sem dó nem piedade, não se respeitando idade, profissão, gênero. E não só com a força da fala mas com tiros.
O episódio no Espírito Santo, onde um adolescente travestido de nazista invade uma escola e mata professores e aluno demonstra o tamanho do estrago causado por Bolsonaro e sua familicia na vida dos brasileiros.
Chegamos ao ponto mais grave de agressão ao povo pela atuação de extremistas brancos depois de uma eleição não aceita por essas pessoas.
A irresponsabilidade dessa gente é sem tamanho. Encararam as eleições brasileiras como uma disputa de jogo de futebol desde o golpe gestado por Aécio Neves contra Dilma Rousseff.
Mas a deseducação já estava há mais tempo, presente no nosso dia a dia. Respeito e sensatez eram sentimentos combatidos por propagandas que autorizavam a aniquilação da população afrodescendente em suas comunidades e é claro, fora delas.
O ódio ao negrinho ou negrinha que nasceu livre das correntes escravagistas nunca foi aceita pela branquitude e nem tanto assim, brasileira.
Aí ficou fácil demais criar o que estava sendo chocado há pelo menos um século e meio nesse Brasil: ódio. Ódio aos povos indígenas, aos povos afrodescendentes, aos nordestinos, às mulheres, aos LGBTQI+, aos trabalhadores sem teto, sem terra, sem nada.
Ódio puro e simples. Ódio gestado nas nossas forças armadas, nos transportes públicos, nas escolas, no comércio de alimentação e serviços, nas grandes empresas, nos bancos, hospitais, postos de saúde, em todos os lugares que se entrar nesse país o ódio está presente.
Se isso ocorria há anos atrás mas de forma digamos, camuflada, hoje está claro prá quem quiser ver. O que farão diante disso, as nossas autoridades que inclusive foram atacados há poucos dias atrás por brasileiros nos Estados Unidos?
Vão esperar por um massacre no dia primeiro de janeiro? Será que é preciso desenhar para que entendam o problema e o risco que estão sendo colocados para nossa sociedade nesse exato momento?
Cinquenta e oito milhões de votos não significam nada, nem uma luzinha vermelha onde se leia Pare? Barreiras em estradas, tiros em ônibus com adolescentes, tiros e mortes em escolas, em festas de aniversários, ameaças constantes contra tudo e todos não significam nada?
Cinquenta e oito milhões de votos não significam nada, nem uma luzinha vermelha onde se leia PARE?