quarta-feira, 9 de novembro de 2022

Para Gabriel Burgos, para nós todos.

Falar de Gal Costa é difícil porque ela é sem dúvida nenhuma, a cantora e pessoa que vive dentro de todas, todos e tods.

Quem teve a oportunidade de tê-la por perto jamais a esquece. Gal trazia consigo o grau de encantamento interior que pouquíssimas pessoas possuem.

Era o seu grande dom. Se mantinha conectada com a gente o tempo todo. Seu dom espiritual. 

Hoje pela manhã, quando acordei pensei em como ela estaria e quem tomaria conta dela no futuro. E lembrei do menino Gabriel: " ele vai tomar conta dela". E saí de casa para resolver problemas.

E nem acreditei quando voltei e entrei no YouTube e dei de cara com uma foto do Presidente Lula abraçado a Gal e ao procurar por mais informações,  li a notícia de sua viagem para o Orum.

Nem chorei. Só levei um soco no peito. 

Gal Costa foi a primeira artista que entrevistei no início de minha carreira como jornalista. Na época eu trabalhava para uma das revistas da Bloch Editores no Rio.

Antes disso eu já tinha tido contato com ela em São Paulo num show em que era acompanhada pelo Som Imaginário. Eu era menor de idade e fugia de casa prá assistir ao show dela.

Às vezes, (o teatro pequenininho, numa travessa da avenida São João, nem me lembro o nome), a platéia estava vazia e ela cantava numa boa.

Foi por aí o meu caminho sem perder de vista, a irmã de Axé que hoje nos deixa fisicamente mas vive como nunca em nossos corações, em nossas vidas.

Não há cantores nesse Brasil que não tenham a influência de Gal. 

Que os nossos bons a recebam com muito amor. 

Aqui, agora, lágrimas caem, caem.




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